A debater também se aprende
No âmbito da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, as turmas do 7.º ano do nosso agrupamento abordaram, no 2.º período, o tema Instituições e participação democrática, tendo como principal objetivo motivar e preparar os alunos para a participação na vida política.
Depois do estudo dos principais órgãos de soberania, feito através de atividades de pesquisa sobre o processo de eleição, funcionamento e poderes de cada um, os alunos foram convidados a simular um debate na Assembleia da República. O tema escolhido foi o uso dos telemóveis na escola: o partido A era favor da proibição do uso do telemóvel em todos os espaços escolares, o partido B defendia o uso do TM no recreio e a sua proibição nas aulas e o partido C defendia a liberdade da utilização do TM em todos os locais da escola. Antes de iniciarem a preparação do debate, os diferentes grupos escolheram o nome, o logotipo e a bandeira do respetivo partido. Apareceram alguns nomes bastante sugestivos, como foi o caso, em uma das turmas, do PNG – Partido de que Ninguém Gosta – tratava-se obviamente de defensores da proibição dos telemóveis na escola.
O debate foi bastante vivo, tendo-se esgrimido argumentos muitos válidos a favor e contra. No final, o presidente da mesa deu “liberdade de voto” aos “deputados”, de modo a permitir a opção pelo partido que melhor argumentara. E, em algumas turmas, venceu o partido proibicionista, tal foi o esforço despendido pelos seus membros para tornar credível uma opção com a qual não se identificavam.