Visita ao Aspirante
Geoparque Oeste
No dia 7 de março as turmas 7ºA e 7ºC participaram numa vista ao Aspirante Geoparque Oeste. A visita iniciou-se em Paimogo/Caniçal e fomos acompanhados pelo Diretor Executivo do Aspirante Geoparque Miguel Reis Silva e pelo Geólogo Bruno Pereira. Aqui foi-nos apresentado o Aspirante Geoparque Oeste e todo o trabalho de campo que tem sido feito. Descobrimos que vivemos no interior de um Geoparque! Aprendemos mais sobre fósseis de dinossauros e outros seres vivos como bivalves. Nas rochas da arriba observamos níveis de argila e de carvão que contam uma história geológica muito longa, rica e complexa, num momento em que o clima da Terra era muito diferente do que conhecemos hoje.
Logo de seguida visitámos a praia de Porto Dinheiro, localizada a sul de Paimogo, que é conhecida pela sua riqueza de restos de fósseis do período jurássico. O que torna este lugar mundialmente famoso é o facto de aqui ter sido encontrado um fóssil de dinossauro denominado “Dinheirosaurus” em homenagem a este lugar. Também aqui o ambiente e geografia já foram muito diferentes do que encontramos hoje. Quando as montanhas de granito róseo (hoje apenas restam as Berlengas), isolavam o Atlântico do continente, formando um mar interior (bacia lusitânica), os rios corriam para Este.
Após um lanche avançamos para o cruzeiro do Picoto, Bombarral. Aqui, em 17 de agosto de 1808, travou-se um combate militar entre o exército anglo-luso e o francês, durante as invasões francesas no início do séc. XIX (batalha da Roliça). A pausa para o almoço foi na associação local da aldeia Columbeira. Comemos e seguimos caminho! A próxima paragem era mesmo ao lado: As grutas de Vale Roto! Foi-nos transmitido que nesta gruta foi descoberto um dente de Neandertal (uma outra espécie humana que se extinguiu), descoberta esta que marcou a história científica. Subimos até à gruta com dificuldade e muita adrenalina, mas foi muito divertido e memorável. Para terminar o nosso roteiro pelo Aspirante Geoparque Oeste rumamos de novo para a Lourinhã e visitamos a área envolvente da Igreja do Castelo. Desta pequena colina podia-se, em tempos idos, avistar os inimigos que se acercavam vindos de barco. Existia um estuário nesta zona, o que prova que a paisagem mudou muito e a precipitação é menor. Da Igreja foram notadas as suas linhas góticas. A Igreja do Castelo tem este nome porque outrora existiu mesmo um castelo na Lourinhã, cujas linhas das muralhas foram postas a descoberto numa intervenção junto do cruzeiro.
Foi um dia espectacular, há muito que desejávamos uma visita de estudo assim. Obrigado ao Geoparque Oeste, à Câmara Municipal da Lourinhã e aos nossos professores.
Eva Terroso e Nayani Paiva
Professores organizadores: Carlos Monteiro, Rosário Cruz e Vanda Alves